PUBLICIDADE

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
post
page

PUBLICIDADE

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
post
page
Publicidade

Pesquisa descobre que insetos estão se refugiando em ‘abrigos’ para sobreviver aos incêndios

imagem_2025-05-30_104008959

Uma pesquisa descobriu que insetos estão criando “abrigos” para sobreviver aos incêndios florestais no Brasil. O país tem vivido um ciclo de chamas em vários de seus biomas, e os animais parecem estar buscando maneiras de resistir ao avanço do fogo.

O estudo, conduzido pela Universidade Federal de Sergipe, analisou galhas — estruturas que se formam em relevo nas árvores pelo depósito de larvas de insetos e parasitas. A área com as larvas a por um crescimento “anormal” e, com isso, abriga os insetos que a provocaram, protegendo os recém-nascidos de predadores.

Após um incêndio devastador que atingiu uma área de preservação no Cerrado, em Minas Gerais, e queimou por mais de 24 horas, os pesquisadores colheram algumas dessas galhas e descobriram que, apesar de queimadas por fora, elas ainda guardavam larvas vivas.

Para entender como isso foi possível, eles coletaram galhas de 40 árvores — algumas que haviam sido expostas ao fogo e outras que não. As galhas das áreas queimadas estavam em uma altura atingida por calor intenso e a maioria apresentava sinais de carbonização.

Ao analisarem as amostras, os pesquisadores descobriram que 66% das larvas abrigadas em galhas sobreviveram. Em 20 dessas galhas, todas as larvas resistiram às chamas.

A pesquisa levanta o questionamento: com a reincidência de incêndios no Cerrado, os insetos estariam modificando a forma de construir galhas, tornando-as mais espessas para garantir a sobrevivência da espécie? Ou seja, estariam buscando formas de adaptação ao fogo? A proposta dos autores é que esse achado incentive novas pesquisas.

No último ano, 9,7 milhões de hectares foram queimados no Cerrado — 85% dessa área de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Em comparação com 2023, houve um aumento de 91% na área queimada. Foi o maior incêndio desde 2019.

Fonte: G1
Publicidade
Publicidade